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10 professores expulsos do Kangonjo por prática de Corrupção

armandomaquengo
Mai 30, 2022

Um total de 10 (dez) professores universitários, foram expulsos do Instituto Superior Kangonjo, em Luanda, por terem alegadamente praticados actos de corrupção, consubstanciados em cobrança de valores monetários a troco de notas que não espelham o nível de capacidade intelectual dos estudantes. Os docentes, de acordo com a direção, usavam os delegados de turma para operacionalização das negociatas.

A medida está enquadrada no âmbito do combate a corrupção dentro da instituição, tendo abrangido também dois estudantes daquela instituição situada no município de Cacuaco, por práticas de condutas consideradas de “indecorosas”.

A informação foi avançada recentemente por Director Geral da Instituição, Arão Aurélio quando justificava da expulsão de dois estudantes do terceiro ano do curso de enfermagem.

Segundo o Director Geral do ISKA os 10 professores expulsos são todos do curso de enfermagem.

“O professor entrava em contacto com o delegado e este fazia recolha do dinheiro aos colegas e, em troca, recebiam notas que nunca foram de acordo a sua capacidade académica. Felizmente, estudantes que nunca aceitaram esta prática, voluntariamente vinham ter connosco, apresentaram provas e nós também fizemos trabalho paralelo que culminou na expulsão dos professores”, disse.

“A prática dos professores corruptos já manchou o bom nome da instituição”

O responsável do Kangonjo reconheceu que durante o início das provas do primeiro semestre, era visível as reclamações de estudantes, alguns dos quais efectuavam denúncias atravês das redes sociais sem antes contactar a instituição, e, durante este período, estudantes associaram os vícios dos docentes com a instituição.

A prática dos professores corruptos, segundo refere o Correio da Kianda já manchou o bom nome da instituição e os estudantes associaram a prática de um professor como se fosse a realidade do Kangonjo, por isso, foi necessário intensificar as técnicas para se encontrar os autores. Se o país está a dar passos significativos no combate à corrupção, nós enquanto instituições privadas precisamos de começar para que tenhamos uma sociedade sem autor e sem vítimas da corrupção.

Kangonjo esclarece sobre a expulsão de dois estudantes

Depois de várias informações que circularam nas redes sociais sobre a expulsão do estudante Salomão Sachipuco Segunda que frequentou o 3° ano no curso de Enfermagem, com o N.E: 190234, o Director Geral diz dominar da situação do estudante expulso em Março do ano em curso, porém não está apenas ele nesta condição.

 “Uma estudante também foi expulsa por ter desafiado e tecer ofensas contra o seu professor na presença de outros estudantes. Uma vez que pautamos por respeito mútuo, dada a gravidade decidimos afastar ela”, disse.

Quanto ao caso do estudante Salomão Sachipuco Segunda, Arão Aurélio diz tratar-se de calúnia e difamação que divulgou nas redes sociais sem, em contrapartida levar as suas inquietações junto da direcção.

“Ele ficou detido porque há provas evidentes da gravidade que terá praticado não contra a instituição mas também contra o professor Bernardo Bumba que o acusou de corrupto e se envolver com alunas em troca de notas. O problema do jovem é que até ao momento não conseguiu de apresentar a vítima de assédio sexual quer também da pessoa que terá dado dinheiro em troca de dinheiro”, disse.

O entrevistado conta que face a gravidade da publicação, foi efectuado um processo-crime que está a cumprir os seus trâmites legais e já se encontra na Direção Nacional de Investigação e Acção Penal-DNIAP para a responsabilização dos crimes ligados a difamação e calúnia.

“Sobre a expulsão, os pais dos estudantes já dominam do assunto e ficou esclarecido. O que está acontecer nas redes sociais serve simplesmente buscar outras justificações para que o culpado tenha a razão. O estudante que acha que as coisas não estão indo bem pode livremente se retirar sem causar tumulto porque, a meu ver, esta atitude denigre a imagem de uma das instituições onde milhares de pessoas o têm como preferência”, rematou.