Desporto

1º de Agosto joga contra o Petro de Luanda na final da Taça dos Clubes Campeões

joaquimjose
Out 08, 2022

Os clubes 1º de Agosto e do Petro de Luanda disputam, amanhã, às 15h00, no Pavilhão de Hammamet, na Tunísia, o troféu da 43ª edição da Taça dos Clubes Campeões de África sénior feminino de andebol, sendo a 9ª final entre ambas, a terceira consecutiva.

Depois do percurso das equipas angolanas ao longo da primeira fase e quartos-de-final, adivinhava-se uma final entre 1º de Agosto e Petro de Luanda

Aliás, cedo, Fathi Rakalya, membro da comissão organizadora previu a final angolana. O responsável da Liga tunisina, vaticinou, também a entrada de, pelo menos uma equipa árabe, nas meias-finais. Veio a acontecer, com o Moknine da Tunísia que, ontem, perdeu diante do Petro. A final vai opor duas “escolas” vizinhas. A de Vivaldo Eduardo e a de Zé Chuma.

Para chegar à final, ontem, às 10h00, o 1º de Agosto voltou a fazer maldade ao DGSP, na abertura das meias-finais, após vitória por 37-25. As equipas conheceram-se antes de virem à Tunísia, inclusive pretenderam uma preparação conjunta, com o convite do emblema angolano para as congolesas de Brazzaville viessem à cidade desportiva estagiar, mesmo conhecendo que seriam adversárias de grupo na fase preliminar. No jogo da primeira fase, o DGSP forçou o 1º de Agosto a recorrer aos galões de campeã, para mostrar quem mandava. Só no segundo tempo as angolanas conseguiram ser superiores.

Ontem, a história foi diferente. As congolesas jogaram cerca de sete minutos e “arrastaram-se” em quase todo o resto de tempo de jogo. Vinham de uma partida estafante, com prolongamento, decidida através da marcação de livres de sete metros. Ainda comandaram o resultado 1-4, aos três minutos de jogo, mas foi sol de pouca dura. Ao intervalo o 1º de Agosto vencia já por 21-12. Chuma abrandou o andamento da partida, com a utilização da segunda equipa no tempo complementar.

Petro teve dificuldades

O Petro de Vivaldo Eduardo também fez a sua parte, com mais dificuldades. Bateu a equipa do CSF Moknine por 29-21.

As tunisinas vinham com ambições de chegar à final. Trouxeram ao recinto alguns adeptos, uma claque que se esforçaram por suportar o jogo da sua equipa. Saía-lhes bem no início. Fizeram três ataques com eficiência e colocaram-se na frente do marcador, 1-3. Marta frustrou, com uma defesa o quarto ataque e anunciou a entrada do Petro na partida. A jogar em casa, o Moknine optou pela defesa (5-1), quando tivessem a posse da bola partia rápido para o contra-ataque. Aos 10 minutos venciam por 7-5. Vivaldo bloqueou com o 5-1 a central adversária e abrandou o andamento das tunisinas. Aos 15 minutos, o placard mostrava 10 para elas e 9 para o Petro. Vivaldo solicitou o “time out”. Aos 17 minutos, a central Hachana Sondes, que dava muito trabalho, atirou para a cara da guarda-redes Swelly e foi expulsa. As da casa continuaram a carburar e, aos 22 minutos de jogo tinham conseguido três golos de vantagem, 10-13.

Ao intervalo, o Petro perdia por 15 –16, Vivaldo foi admoestado (cartão amarelo) por reagir às decisões da arbitragem. Nas bancadas, os adeptos tunisinos barafustavam e pressionavam a arbitragem. Foram mobilizadas forças policiais para os suster.

Com 11 minutos de jogo na segunda parte, o placard já tinha cores do Petro, em vantagem de 21 – 18. Nada garantido. O jogo prosseguia e erros aconteciam de parte a parte. Quando, aos 22 minutos, o Petro esticou para 25-20, estava definido o destino da equipa anfitriã. Ficam “em casa” e o Petro segue para a final.

Ainda ontem, disputaram-se jogos das classificativas, em que vale sinalizar a actuação da dupla de árbitros angolano, Escurinho António/ Élvio Gomes, que estiveram em dois jogos, como juízes da causa.

No primeiro, às 9h00, ajuizaram as classificativas do 9º lugar entre o FAP dos Camarões e o Flowers do Benin, em Nabeul. No mesmo recinto, às 19h00 dirigiram o jogo para as classificativas do 5º aos 8º lugares, que opôs o JSK da RDC ao Red Star da Côte d’Ivoire.