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Activista Mbanza Hanza diz que má gestão e corrupção são as novas guerras de Angola

armandomaquengo
Abr 13, 2022

O activista cívico Mbanza Hanza, disse  recentemente à VOA que, a má gestão da coisa pública, a corrupção e o uso indevido dos bens comuns são as novas guerras que devem ser combatidas para que haja paz efectiva em toda Angola.

O ponto de vista do activista cívico, reflecte a opinião de muitos outros angolanos que afirmam que o calar das armas há 20 anos não se reflectiu na paz social e na melhoria da condição de vida dos ciadadãos.

Analistas refletindo sobre os mais vários problemas da vida política, social e económica de Angola nos 20 anos do alcance da paz e da reconciliação nacional, celebrados a 4 de Abril último, destacam que, ainda falta vontade política do governo para que haja de facto paz social no país.

O activista cívico Mbanza Hanza, afirmou que o processo de paz em Angola, embora o calar das armas seja um facto, ainda é embrionário, uma vez que, a única coisa mais importante que se conseguiu fazer foi parar com o derramamento de sangue através das armas.

“Nós agora derramamos de forma indireta: através da má gestão do que é público, da corrupção e do facto de nos agarrarmos as cores e não ao país e aos valores comuns”, acrecentou.

Hanza diz que embora as armas tenham sido caladas, ainda não se pode falar de paz efectiva pois o país continua a ser palco de pobreza extrema, onde dezenas de famílias sobrevivem dependo de restos de comida deixado nos contentores de lixo.

A situação da fome e da pobreza, segundo Mbanza Hanza, é resultado de uma visão pouco clara sobre os objectivos do Governo em relação a este problema, que antes de tudo precisa de uma redefinição de política para todos os sectores.

Reflectindo sobre o sector de ensino em Angola, Chocolate Brás disse haver “irresponsabilidade do governo” no que respeita a gestão destes sectores-chave para o desenvolvimento do país.

“Nunca tivemos tanta gente irresponsável num governo, como temos actualmente”, disse o investigador e docente universitário que cita como exemplos as promessas de tablet e manuais escolares para os alunos do ensino primário, mas que até a presente data não foi realizada.