Angola controla mais de 300 mil portadores de VIH
Trezentos e vinte mil cidadãos são portadores de VIH, em todo país, o que representa dois por cento da população infectada, avançou nesta quarta-feira, em Luanda, a Directora do Instituto Nacional de Luta contra o Sida (INLS), Lúcia Furtado.
De acordo com a responsável, a província do Cunene é a mais afectada com 13 por cento, a seguir estão as províncias de Luanda, Cuando Cubango, Moxico e Lunda Norte, sendo as mulheres grávidas as mais diagnosticadas, enquanto em relação ao tratamento com anti-retrovirais, o país atingiu uma cobertura de 41 por cento nos vários géneros.
Sobre a carga viral, Lúcia Furtado, informou que não se conseguiu fazer a medição deste indicador porque os dados que o país apresenta não representam 50 por cento de pessoas que têm acesso ao serviço, pelo que a expansão é uma prioridade. (Carga viral é um exame realizado em laboratório que monitora a quantidade de vírus presente no sangue do paciente infectado).
Actualmente, acrescentou, os 164 municípios têm a possibilidade de beneficiar deste serviço, através do envio de amostras, sendo que as do Norte encaminham para o laboratório do Instituto de Sida em Luanda, e as províncias do Centro e Sul para o laboratório regional de geologia molecular em Benguela.
Afirmou também que a questão do estigma e da discriminação têm sido alguns dos factores para o insucesso dos programas, o que impacta negativamente na sensibilização das pessoas para aderirem ao teste e ao tratamento, reflectidos em alguns inquéritos representativos, que indicam que 34 por cento apresentam atitudes discriminatórias.
A pobreza também foi apontada como uma das causas para o fracasso dos planos nesta doença, pois muitas pessoas deixam de tomar os medicamentos alegando falta de alimentos.
Angola por ter um índice baixo na percentagem do VIH não beneficia de muitas ajudas, porém no plano estratégico 2019/2022 tinha-se uma estimativa anual de mais 100 milhões de dólares, que contemplava todas as componentes desde a prevenção ao tratamento, diagnóstico e pesquisas, mas, infelizmente, houve muitas lacunas .
Angop