Politica

Angola desembolsa 500 milhões de dólares em infra-estruturas sociais

joaquimjose
Abr 20, 2022

A execução do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), nos últimos três anos, consumiu cerca de 500 milhões de dólares para a construção, reabilitação e conclusão de infraestruturas sociais nos vários municípios do país.

A informação foi avançada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, ao intervir, terça-feira (19), na 4ª Edição do “CaféCIPRA”, em Luanda. Segundo a ministra, o Executivo assumiu o compromisso de investir em infra-estruturas, sem que isso comprometa a sustentabilidade das finanças públicas e o futuro das gerações, disse, também, que existem, neste momento, negociações contínuas do Governo angolano junto de vários parceiros para a abertura de novas linhas de financiamento a favor de projectos com forte impacto na vida das famílias.

Vera Daves de Sousa foi uma das facilitadoras do “Café CIPRA” – Diálogo sem Mediação, que juntou, igualmente, os ministros da Administração do Território, Marcy Cláudio Lopes, e o das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida.

Durante o diálogo com jornalistas e outros convidados, Vera Daves de Sousa lembrou, por outro lado, que as obras constantes do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) são totalmente financiadas pelo Governo, e o montante “deriva” do desembolso de dinheiro proveniente do Fundo Soberano. Todavia, outras iniciativas, incluídas no Programa de Investimentos Públicos (PIP), fazem recursos a outras linhas de financiamento, razão pela qual os mesmos admitem a entrada e presença de entidades externas na sua execução.

Conforme explicou a ministra das Finanças, normalmente, os países que cedem linhas de financiamentos exigem a contratação de empresas do seu país, tal como no fornecimento de matéria-prima, restando ao Governo o acompanhamento e a certificação de que o previsto seja cumprido conforme os acordos.

Segundo o Jornal de Angola, O Executivo angolano construiu, nos últimos quatro anos, um total de 39 mil unidades habitacionais em oito províncias do país.

Foram, também, construídas 12 centralidades, reabilitadas 1.470 quilómetros de estradas, além de infra-estruturados, 800 lotes de terreno e mais de 1.700 lotes para a auto-construção dirigida.

Estes números foram apresentados pelo ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Ma-nuel Tavares, durante a quarta edição do “Café CIPRA”, que procedeu a uma apreciação dos factores de construção, tendo como tema “A construção das grandes infra-estruturas”. Por sua vez, o ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, afirmou que o Governo procurou, ao longo destes quase cinco anos, projectar, desenvolver, executar e concretizar uma série de obras para garantir o relançamento do desenvolvimento da economia nacional. Marcy Lopes disse que “A Construção das Grandes Infra-Estruturas” tem como estratégia assegurar ao país competitividade económica.

Nessa perspectiva, foi adoptado o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que, até ao momento, concebeu 2 mil projectos contra os 800 iniciais. Disse que estão já concluídos mais de 350 projectos, em todo o país, e que existem garantias financeiras para concretizar os demais, graças a um levantamento da situação.