Angola reduz peso da dívida pública com os credores
A dívida pública de Angola deverá reduzir de 86,4 por cento, de 2021, para 56,6 por cento no final deste ano, prevendo-se chegar aos 52,5 por cento em 2023, como resultado da actual disciplina orçamental e dos acordos de pagamento aos credores.
De acordo com o chefe de divisão do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Luc Eyraud, citado pelo Jornal de Angola Online, “Angola está no bom caminho da recuperação económica”, mas alertou que manter a disciplina orçamental é fundamental para garantir a sustentabilidade da dívida, cita o Jornal de Angola Online.
Conforme disse Luc Eyrud, daqui em diante manter a disciplina orçamental será crucial para garantir a sustentabilidade da dívida”, que teve uma significativa descida nos últimos dois anos, em virtude não só dos acordos com os bancos chineses para o adiamento dos pagamentos, mas também da valorização do kwanza e da recuperação económica, fazendo o rácio da dívida sobre o Produto Interno Bruto (PIB) melhorar de 136,5 por cento, em 2020, para 86,4 por cento, no ano passado, e 56,6 por cento este ano, caindo ainda mais em 2023, para 52,5 por cento do PIB.
Os indicadores do Governo,que têm merecido também elogios das organizações internacionais apontam para uma apreciação da moeda angolana, o Kwanza, a rondar entre 30 e 40 por cento. Esta apreciação colocou a moeda nacional entre as que mais apreciaram ante ao dólar.
Em relação ao andamento da diversificação económica, Luc Eyraud disse que as “contínuas reformas estruturais para potenciar o sector não petrolífero são cruciais para esses esforços”, vincando que, ainda assim, o sector petrolífero melhorou este ano mais do que o previsto.
Luc Eyrud é também responsável pela produção do relatório sobre as economias africanas, divulgado, recentemente, em Washington, no âmbito dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
JA