Angola tem apenas 14 mil médicos para atender mais de 33 milhões de habitantes
Angola tem um total de 14 mil médicos registados na Ordem, entre nacionais e estrangeiros, para atender mais de 33 milhões de habitantes.
A informação foi avançada esta quarta-feira, em Luanda, pela Elisa Gaspar, bastonária da organização, por ocasião do Dia do Médico Angolano.
A responsável fez saber que apesar do número de médicos estar a aumentar, ainda se regista uma falta gritante de profissionais do sector, para atender a demanda da população. A Ordem, em conjunto com o Ministério da Saúde, está a trabalhar para inverter, o mais rápido possível, o quadro actual.
“Existem alguns médicos a fazerem especialidades no exterior do país, que aos poucos estão a regressar ao país. Acredito que em breve a cobertura vai ser maior”, perspectivou.
Elisa Gaspar adiantou ainda que entre as principais preocupações da organização constam a formação de médicos de especialidade, em um número considerável.
Outro ponto importante, destacou, é a criação de mais internatos de especialidades por todo o país, para que, no futuro, todos os hospitais, em especial os de nível secundário e terciário, possam ter especialistas suficientes e com qualidade para atender a demanda da população.
Para dar resposta à esta situação, a ORMED, acrescentou, criou uma comissão, composta por técnicos do Ministério da Saúde, o colégio de especialidade da Ordem dos Médicos, com a tarefa de, num curto espaço de tempo, garantir as condições para uma formação condigna de novos quadros.
A todos os licenciados em medicina, a bastonária aconselha a frequentarem os hospitais da periferia, durante três anos, para aprimorarem os conhecimentos no campo da Medicina Geral e Familiar. “Quando terminarem este ciclo vão ter mais conhecimentos para conseguirem fazer uma carreira sólida na medicina, assim como em qualquer especialidade”.