Economia

Angola volta a ocupar terceira posição da maior economia da África subsaariana

manuelsumbo
Out 24, 2022

Angola voltou a ocupar a posição de terceira maior economia da África Subsaariana, depois de ultrapassar a barreira dos 100 mil milhões USD, segundo cálculos do Mercado com base nas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O top3 das maiores economias da África Subsaariana é liderado pela Nigéria com PIB estimado em 504 mil milhões USD, seguido pela África do Sul com 411,5 mil milhões USD e Angola (124,8 mil milhões).

As previsões do FMI foram feitas nas vésperas das reuniões anuais das instituições de Bretton Woods que decorrem em Washington que apontam que no final de 2022 Angola terá um PIB na ordem dos 124,8 mil milhões USD (cerca de 55 biliões Kz, ao câmbio actual).

Ao se verificar os dados apontados pela instituição de Washington, no final deste ano Angola volta a ser a terceira maior economia da África Subsariana, posição que atingiu em 2004 quando contabilizou um PIB de 23,6 mil milhões USD e manteve até 2018.

Em 2019 Angola caiu para o quinto lugar com um PIB de 84,6 mil milhões USD, ultrapassada pelo Quénia (que atingiu os 100 mil milhões USD) e pela Etiópia (92,6 mil milhões USD).

Em 2020 o PIB angolano caiu três lugares. Na sequência de um trambolhão do PIB para 55,4 mil milhões USD (confirmados pelo BNA), Angola caiu para o oitavo lugar, superada pelo Gana (70 mil milhões USD), pela Tanzânia (64,4 mil milhões USD) e pela Costa do Marfim (62,4 mil milhões USD).

Para o ano passado (2021) as projecções do FMI apontam que Angola registou um PIB de 75,2 mil milhões USD o que colocaria o País na sexta posição, mas o BNA contabilizou nas suas estatísticas um PIB na ordem dos 67,6 mil milhões USD, o que situou Angola na oitava posição.

Para este ano, a instituição liderada por Kristalina Georgieva coloca o PIB angolano novamente no terceiro lugar do ranking da África Subsariana, ultrapassando o Quénia (114 mil milhões USD), Etiópia (111,2 mil milhões USD), Tanzânia (76,6 mil milhões USD), Gana (76 mil milhões USD) e Costa do Marfim (68,6 mil milhões USD).

O critério de ordenação das maiores economias é o produto interno bruto (PIB) a preços correntes convertido para dólares à taxa de câmbio do mercado.

O empurrão veio do sector petrolífero que tem ajudado as contas nacionais. Segundo o chefe de divisão no Departamento Africano do FMI, Luc Eyraud, a produção petrolífera cresceu acima das expectativas este ano, o que, em conjunto com os preços mais elevados do petróleo, significa menos pressão orçamental, um fortalecimento significativo da balança externa e uma apreciação da taxa de câmbio, que motivou um abrandamento da inflação, que ainda assim continua elevada.

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