Bancos comerciais em Angola obrigados a criarem reservas monetárias pelo BNA

O Banco Nacional de Angola (BNA) seleccionou oito bancos de importância sistémica doméstica (DSIBS sigla em inglês) para a obrigatoriedade de cumprimento de reserva de capital adicional, com vista a aliviar a acumulação de riscos sistémicos.

Nos ternos de uma directiva do Banco Central, estão intimados para o efeito o BAI (2,0 por cento), BPC (1,5%), BFA (1,5%), BIC (1,5%), o Económico (1,5%), o Atlântico (1,5%), o Sol (1,0%) e o Standard Bank Angola (1,0%), percentagens em montantes que serão aplicáveis no exercício de 2022.

De acordo a publicação do BNA, de 15 de Fevereiro, a que ANGOP teve acesso, a reserva exigida visa compensar o risco sistémico que as referidas instituições de importância sistémica representam para o sistema financeiro como um todo.

Na nota, o BNA sublinha que a Reserva DSIBS deve ser constituída por fundos próprios principais, de nível 1 de até 4 por cento do montante total das posições em risco, tendo em conta os critérios de identificação.

Com uma revisão anual, ainda de acordo com a publicação do Banco Central, a reserva de DSIBs deve ser constituída por fundos próprios principais de nível 1 e ser aplicável, em base individual, sub-consolidada ou consolidada, consoante aplicação.

Em finanças, risco sistémico refere-se ao risco de colapso de todo um sistema financeiro ou mercado, com forte impacto sobre as taxas de juros, câmbio e os preços dos activos em geral, e afectando amplamente a economia – em contraste com o risco associado a uma entidade individual, um grupo ou componente de um sistema.