Economia

BdP e Banco Nacional de Angola realizaram 15 acções de cooperação este ano

armandomaquengo
Jun 09, 2022

O vice-governador do Banco de Portugal (BdP), Luís Máximo dos Santos, anunciou ontem que a instituição realizou este ano 15 acções de cooperação com o Banco Nacional de Angola, estando previstas mais nove acções até ao fim de 2022.

“No corrente ano, já realizámos quinze acções, e ainda vamos no início de Junho, estando programadas ainda mais nove acções até ao final do ano. Estes números demonstram o alargado âmbito da cooperação entre os dois bancos centrais, o seu carácter permanente e a clara consciência das vantagens da mesma para as duas instituições”, disse Luís Máximo dos Santos, durante uma intervenção no Colóquio “Novo Ciclo da Economia Angolana”, em Lisboa, divulgada no ‘site’ da instituição.

Na iniciativa organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal, Angola, o vice-governador do supervisor bancário português recordou ainda que no ano passado, no plano bilateral, o BdP realizou dezoito acções de cooperação, que mobilizaram 16 departamentos do regulador, desde a supervisão prudencial e comportamental, à estabilidade financeira e à política monetária ou aos sistemas de pagamentos.

“O Banco Nacional de Angola é um dos participantes mais activos nesse diálogo e nas iniciativas dinamizadas, tanto no plano bilateral como no plano multilateral”, vincou, salientando que os dois bancos centrais aprofundaram as suas relações de cooperação técnica e institucional nos diversos domínios das suas atribuições.

Máximo dos Santos frisou que Portugal tem-se sistematicamente mantido entre os três principais fornecedores de bens a Angola e que no plano do investimento bilateral “é notório” o aumento sustentado do investimento directo angolano em Portugal.

“E a parcela maior deste investimento, bem como do investimento português em Angola, corresponde ao sector financeiro”, frisou, acrescentando que “este relacionamento justifica também que o Banco de Portugal esteja particularmente atento aos desenvolvimentos do sector financeiro angolano e do respectivo enquadramento regulatório e institucional”.

Luís Máximo do Santos disse ainda que, após a crise provocada pela pandemia, a guerra na Ucrânia traz “muitas incertezas” ao cenário macro-económico, no entanto, poderá levar a um novo “olhar” sobre as relações bilaterais entre os dois países.

“O quadro geopolítico ficará seguramente diferente do que tínhamos antes da guerra, o que poderá propiciar um novo olhar sobre as relações económicas entre Portugal e Angola e as vantagens que as mesmas podem trazer aos dois países e aos respectivos povos”, apontou.

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