Cultura

Centro histórico de Moçâmedes será elevado a Património Nacional

joaquimjose
Fev 10, 2022

O Governo do Namibe está a trabalhar na definição de estratégias com vista à inventariação dos imóveis com valor cultural e artístico do centro histórico de Moçâmedes. A informação foi avançada pela vice-governadora para Área Técnica, Ema Samali Guimarães, em entrevista exclusiva ao Jornal de Angola.

A governante afirmou que será constituído um grupo de trabalho específico para catalogar os imóveis ainda existentes na capital da província, uma acção enquadrada no âmbito do projecto-piloto denominado PIRU (Plano de Intervenção e Revitalização Urbana), lançado nesta cidade.

Após esse trabalho de análise caso a caso e com o estudo de cada edificação bem definido, como a sua data de execução, estilo arquitectónico, tecnologia usada e relevância na zona de implantação, será possível pensar em reunir condições para a elevação do centro histórico de Moçâmedes a Património Nacional”, disse.

Ema Guimarães referiu que o Namibe foi indicada pelo governo angolano como a província-piloto para o desenvolvimento do turismo em Angola, e que, associado a isso, o Centro de Estudos e Investigação Científica de Arquitectura da Universidade Lusíada de Angola (CEICA) desenvolveu o Plano Estratégico de Desenvolvimento para os Centros Históricos de Angola (PEDCHA), identificando o centro histórico de Moçâmedes como parte das doze zonas históricas e sítios de Angola.

Pela sua arquitectura e história que pouco têm sido valorizadas, Moçâmedes foi uma das cidades mais importantes por ser um ponto estratégico na comercialização e tráfico de escravos, pela sua localização estratégica e pela existência de uma ponte cais. Recebeu alguns investimentos, nomeadamente, escolas, hospitais, grandes residências, comércio e serviços. Adicionalmente, foi um dos principais destinos dos portugueses na época, por isso, há motivos suficientes para valorizar e tirar partido de todas as potencialidades históricas e culturais existentes na província em geral”.

Fonte: Jornal de Angola