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Comissão reúne provas para acusar Trump

manuelsumbo
Jun 13, 2022

Os membros da comissão parlamentar que investigam o assalto ao Capitólio afirmaram, neste domingo, ter descoberto provas suficientes para o Departamento de Justiça acusar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tentar anular os resultados das eleições de 2020.

“Gostaria de ver o Departamento de Justiça investigar qualquer alegação credível de actividade criminosa por parte de Donald Trump”, defendeu o deputado democrata Adam Schiff, membro da comissão, que também lidera a Comissão de Informações da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

O deputado democrata pela Califórnia argumentou que existem certas acções, parte dessas diferentes linhas de esforço para derrubar a eleição, que não vê evidências de o Departamento de Justiça estar a investigar, segundo a agência Associated Press (AP).

A comissão parlamentar que está a investigar o papel do ex-presidente norte-americano Donald Trump no assalto ao Capitólio disse, quinta-feira, que a agressão não foi um momento espontâneo, mas uma “tentativa de golpe”.

Na apresentação das primeiras conclusões sobre a investigação, a comissão revelou um vídeo de 12 minutos, nunca antes visto, com momentos do assalto violento e testemunhos do círculo mais íntimo de Trump.

O painel argumentou que as repetidas mentiras de Trump sobre fraude eleitoral e o esforço público para impedir a vitória de Joe Biden, nas eleições de 2020, levaram ao ataque e colocaram em perigo a democracia norte-americana, segundo a AP.

Novas provas deverão ser reveladas na próxima semana que poderão demonstrar como Trump e os seus conselheiros se envolveram num “esforço maciço” para espalhar a desinformação e pressionarem o Departamento de Justiça a aceitar falsas alegações, avança ainda a Associated Press.

Os membros da comissão indicaram que a pessoa mais importante que deverá ainda ouvir poderá ser o procurador-geral Merrick Garland, que deve decidir se o seu departamento pode e deve processar Trump, mas não têm dúvidas de que os indícios são suficientes.

Donald Trump – que ainda na quinta-feira elogiou a invasão do Capitólio como um movimento histórico para “tornar a América grandiosa novamente” – tem vindo a insinuar que se irá recandidatar às eleições para a presidência dos Estados Unidos em 2024.

Naquele dia, milhares de apoiantes do ex-presidente republicano reuniram-se em Washington num comício para denunciar o resultado da eleição de 2020, de que Trump saiu derrotado.

Angop