Congo inicia vacinação contra ebola para conter surto no noroeste, diz OMS
A República Democrática do Congo iniciou a vacinação contra o ebola para conter um surto na cidade de Mbandaka, no noroeste, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira.
Duas pessoas são conhecidas por terem morrido até agora na cidade de mais de um milhão de habitantes, onde as pessoas vivem nas proximidades de estradas, água e ligações aéreas para a capital Kinshasa.
A primeira morte ocorreu em 21 de abril e a segunda na terça-feira, marcando o 14º surto de Ebola no país da África Central.
Cerca de 200 doses da vacina ‘rVSV-ZEBOV Ebola’ foram enviadas para Mbandaka da cidade oriental de Goma, com mais a ser entregue nos próximos dias, disse a OMS em comunicado.
Até agora, 233 contatos foram identificados e estão sendo monitorados, acrescentou.
Três equipes de vacinação estão no terreno e se concentrarão em alcançar todas as pessoas em alto risco.
“Com vacinas eficazes à mão e a experiência dos profissionais de saúde da República Democrática do Congo na resposta ao Ebola, podemos mudar rapidamente o curso desse surto para melhor”, disse o director da OMS na África, Matshidiso Moeti, em comunicado.
As florestas equatoriais do Congo são um reservatório natural para o vírus Ebola, que foi descoberto perto do rio Ebola, no norte do Congo, em 1976.
O país viu 13 surtos anteriores de Ebola, incluindo um em 2018-2020 no leste que matou quase 2.300 pessoas, o segundo maior número registrado na história da febre hemorrágica.
A mais recente terminou em dezembro no leste e causou seis mortes. Mbandaka, capital da província de Equateur, também enfrentou surtos em 2018 e em 2020.
Testes genéticos mostraram que o surto atual foi um novo “evento de transbordamento”, o que significa que foi transmitido de animais infectados e não vinculado a eventos anteriores.
