Politica

Eleições em Angola: Um teste para o País

manuelsumbo
Jan 27, 2022

João Lourenço enfrenta oposição de uma nova coligação, denominada Frente Patriótica Unida (FPU) composta por Adalberto Costa Júnior (Unita), Abel Epalanga Chivukuvuku (Pra-JA) e Filomeno Vieira Dias Lopes (Bloco Democrático)

 


Por: Manuel Sumbo

Nas eleições presidenciais desse ano, João Manuel Lourenço, do Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA) vai em busca de um segundo mandato depois de ter assumido o cargo de presidente em 2017 , posição ocupada anteriormente por José Eduardo dos Santos, que esteve no poder por quase 40 anos.

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, no seu discurso da abertura do ano político chegou mesmo a afirmar, em Luanda que, MPLA não está preparado para enfrentar o maior partido da oposição e, para tal viola as leis e usa como muletas as instituições públicas, os Órgãos Públicos de Comunicação social que prestam serviços ilegais ao partido de regime.

Após sua tomada de posse, e com a implementação do combate à corrupção, João Lourenço recuperou mais de quatro mil milhões de dólares, repartidos entre dinheiro vivo e bens, os activos recuperados.

 “São activos públicos e que dentro de uma nova política de gestão da nossa economia entendemos que o Estado não se deve manter com eles e estão num programa de privatização”, sublinhou João Lourenço em uma entrevista concedida a um jornal norte-americano.

A recessão econômica, a pobreza e a desigualdade têm sido as maiores preocupações do país. A sua candidatura à reeleição provavelmente será um referendo para avaliar a governação durante seu primeiro mandato. Será também mais um teste ao processo eleitoral do país, que segundo a opinião pública tem favorecido amplamente o partido no poder há várias décadas.

Além de Angola, as eleições terão lugar em outros países de África, nomeadamente Chade, Gâmbia, Lesoto, Líbia, Segal e Serra Leoa este ano. No entanto, é provável que as eleições em Angola, Quênia e Senegal sejam as mais aguardadas nos próximos meses, uma vez que os resultados nesses três Países poderão ter um impacto significativo nas perspectivas de reverter a erosão democrática, na medida em que a sociedade civil e as instituições de compensação podem manter os líderes responsáveis.