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Estudo aponta que bebês que passam duas horas em frente às telas têm mais chance de desenvolver autismo

manuelsumbo
Fev 07, 2022

Um estudo analisou que bebês que passam ao menos 2 horas por dia utilizando telas têm cerca de 3 vezes mais chance de serem diagnosticadas com transtorno do espectro autista.

A análise foi feita por cientistas da Universidade de Yamanashi, no Japão, e publicada pela revista científica JAMA Pediatrics. Segundo os dados, a exposição excessiva ao uso de telas durante o primeiro ano de vida do bebê está significativamente associada ao diagnóstico de TEA aos 3 anos de idade.

Para chegar a esses resultados, foram analisados dados de cerca de 84 mil crianças japonesas entre o período de janeiro de 2011 a março de 2014. A princípio, os pesquisadores pediram para que pais com filhos de 1 ano de idade respondessem a um questionário sobre a quantidade de tempo que a criança passava utilizando telas. Depois, a mesma pergunta foi feita quando a criança completou 3 anos. Nessa fase, os pais também indicaram se seu filho havia sido diagnosticado dentro do espectro autista.

Do total de crianças analisadas, 330 (ou 0,4%) foram diagnosticadas com autismo aos 3 anos de idade. Dessas, 251 eram meninos e 79 eram meninas, apesar de a distribuição do tempo de tela ter sido semelhante entre os sexos. Os cientistas descobriram também que 90% das crianças tinham sido expostas ao uso de tela,  antes do primeiro ano de idade, uma prática que a organização mundial da saúde (OMS) e a academia americana de pediatria (AAP) não recomendam.

Os pesquisadores acreditam que os campos eletromagnéticos emitidos pelas telas possam estar relacionados ao autismo. “Na infância, quando o neurodesenvolvimento está activo, fatores ambientais, como estimulação elétrica por meio de telas e estimulação luminosa da visão, podem afetar o neurodesenvolvimento”, disseram os especialistas.

Fonte: Revista Crescer