Ex-técnico do Sagrada, Roque Sapiri surpreso com o despedimento
O técnico Roque Sapiri revelou, neste domingo, que a rescisão do seu contrato com o Sagrada Esperança “foi surpreendente e unilateral”, numa altura em que já havia acordo verbal para a sua continuidade.
Em declarações à imprensa, afirmou que a direcção do Sagrada Esperança permitiu-lhe fazer novas contratações para o reforço do plantel e a convencer jogadores influentes a permanecerem, tendo em vista os desafios da próxima época.
“A direcção do clube reuniu comigo antes do jogo das meias-finais da Taça de Angola com o Petro de Luanda, e pediu-me para ficar mais uma temporada e apresentar a lista de jogadores para reforçar o plantel, mas para minha surpresa, sem ser notificado, apercebi-me, por outras vias, que fui afastado do comando técnico”, lamentou.
Sem avançar nomes, disse que até ao seu afastamento renovou 70 por cento do plantel e convenceu jogadores influentes como Gaspar, Lulas, Lomalissa, Langanga, Lépua, Victoriano, a permanecerem no grémio diamantífero.
Acrescentou que já havia um plano de preparação da época 2022/23, aprovado pela direcção do clube, que começaria a ser cumprido esta semana, tendo em vista, também, a participação da equipa nas Afrotaças.
“Esta semana tínhamos programada uma viagem para uma das províncias, e começar a preparar a época com os reforços que conseguimos. Mas, infelizmente fui afastado sem ser notificado”, reiterou.
A Angop tentou contactar, por telefone, o presidente do Sagrada Esperança, José Muacabalo, mas sem sucesso.
Roque Sapiri havia assumido o cargo de técnico principal do Sagrada Esperança em 2019, no quadro de uma aposta na “prata” da casa, após rescisão do clube com o português Paulo Torres, por maus resultados.
Como treinador, conquistou dois troféus ao serviço dos diamantíferos (Girabola’2020/21 e Supertaça’2021).
JA