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Família da 3ª vítima mortal da vala do Cazenga exige responsabilização e exoneração de Tomás Bica e da empresa ENGENIUN

armandomaquengo
Nov 29, 2022

Na manhã de Sábado, 26 de novembro corrente, na província de Luanda, município de Cazenga, propriamente na rua da 7ª Avenida, um adolescente de 14 anos de idade perdeu a vida, vítima de afogamento numa das muitas obras inacabadas do PIIM, soube WI-AO.


Por: Armando Maquengo
Em virtude do infortúnio da morte do adolescente de 14 anos de idade, que em vida atendia pelo nome de Lutumba Henriques Kiala, vítima de afogamento na vala aberta na 7ª Avenida, no município de Cazenga, a Plataforma Cazenga Em Acção-Placa, após um diálogo com a família, informou que a partir desta segunda-feira começou a promover petição pública para responsabilizar os culpados.

Segundo apurações, nos próximos dias será apresentado junto dos órgãos de direito um processo para a responsabilização civil e criminal da Administração Municipal do Cazenga e da empresa adjudicada a obra, ENGENIUN, pelo homicídio por negligência.

E, para o efeito, o Observatório Para Coesão Social E Justiça está no encalço do assunto e disponível para o patrocínio judicial.

Entretanto, adiantou que a partir de Segunda-feira, 28, promoverá uma Petição Pública para exigir a exoneração imediata do Administrador municipal do Cazenga, Tomás Bica Mumbundo, a rescisão do contrato com a empresa Engeniun Lda responsável pela empreitada e a sua respectiva responsabilização.

Também, nesta Terça-feira, 29 de Novembro, a partir das 18h00, será realizada uma vigília de repúdio, a ter lugar defronte à Administração Municipal do Cazenga.

Mais uma criança morta por irresponsabilidade e negligência


Neste domingo, 27 de novembro, o deputado da UNITA e Secretário Provincial em Luanda, Nelito Ekuikui e uma comitiva do partido da oposição, realizaram uma visita à casa de óbito, onde entre outros factos constataram que, o pequeno Lutumba, estava “visivelmente” feliz e a jogar bola com os seus amigos segundos antes da sua morte.

Ekuikui explica ainda que, quando a bola foi na vala causada pelas escavações da obra da estrada (em construção há mais de 2 anos), que sai da sétima avenida do Cazenga até ao BCA, o adolescente correu para retirar a mesma daquele local que embora é perigosa, não se encontra vedada nem sinalizada como zona de perigo. “Os amigos do menino tentaram lhe ajudar mas a lama impediu”, lamentou, Ekuikui.

Segundo dados apurados, esta é a terceira criança que perde a vida naquela vala e, até ao momento o Administrador Municipal e outros membros da administração não manifestaram interesse de estar com família enlutada. “Até quando”?