Festival de Cinema de Cannes começa hoje sem restrições o 75º aniversário

O festival acontece de 17 a 28 de maio, retomando seu calendário tradicional após dois anos de interrupções pandêmicas, e abre com um filme de zumbis, “Final cut”, do cineasta francês Michel Hazanavicius, que mudou o título de “Z, like Z” para retirar uma referência à carta que se tornou associada à guerra na Ucrânia.

Este ano, as festas estão de volta e os pesos pesados ​​de Hollywood incluirão “Top Gun Maverick” de Tom Cruise – trazendo a estrela a Cannes pela primeira vez em três décadas – bem como a cinebiografia de Elvis de Baz Luhrmann, estrelada por Austin Butler e Tom Hanks.

“É tradição ter nossos amigos americanos – não vamos esquecer que o Festival de Cannes, em 1939 e em 1946, foi praticamente co-construído, co-inventado pela França e Hollywood”, disse o director do festival, Thierry Fremaux, em entrevista colectiva.

O actor Forest Whitaker estará presente para receber a Palma de Ouro Honorária do festival pelo conjunto de sua obra.

David Cronenberg marcará seu retorno aos filmes de terror com “Crimes of the Future”, com Viggo Mortensen, Kristen Stewart e Lea Seydoux.

A Ásia terá uma exibição forte, apesar da ausência da China, com filmes de Park Chan-wook e Hirokazu Kore-eda em competição e o actor de “Squid Game” Lee Jung-jae estreando seu novo filme “Hunt”.

“Todo mundo quer voltar para esse momento, esse tipo de despertar do cinema aqui em Cannes”, disse Roxborough.

O festival baniu delegações oficiais russas do evento, mas apresentará “A esposa de Tchaikovski”, do director russo exilado Kirill Serebrennikov, que falou abertamente sobre a guerra.

Também está sendo exibido “Mariupolis 2”, do director lituano Mantas Kvedaravicius, 45, que foi morto em Mariupol, a cidade ucraniana fortemente bombardeada pelas forças russas, há quase um mês enquanto trabalhava no filme. Sua noiva Hanna Bilobrova, que finalizou o projecto, irá apresentá-lo.

Outra entrada ucraniana é um filme de estreia de Maksim Nakonechnyi, “Visão da Borboleta”, a história de uma jovem ucraniana que retorna ao seu país depois de ser capturada e depois libertada em uma troca de prisioneiros.

“Vamos pensar muito sobre cinema, mas nunca vamos parar de pensar no que está acontecendo na Ucrânia também”, disse Fremaux, que foi apimentado com perguntas sobre a posição do festival sobre a guerra.

O Festival de Cinema de Cannes que está se preparado para uma edição impressionante do 75º aniversário com uma seleção de grandes nomes de Hollywood, recém-chegados badalados e vencedores anteriores da Palma de Ouro – um retorno espetacular, mesmo com o conflito na Ucrânia, foi cancelado em 2020 e, no ano passado, mudou-se para julho, quando foi realizado sob rigorosos protocolos de COVID.