Gana determinado a resolver crise da dívida sem ajuda do FMI – diz ministro das Finanças
O ministro das Finanças do Gana, Ken Ofori-Atta disse o País está comprometida em administrar sua dívida sem assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Durante uma colectiva de imprensa, concedida esta quinta-feira, 12 de maio, em Acra, o ministro das Finanças expressou confiança de que as medidas do governo estão a levar o país na direção certa.
Segundo dados do governo, a dívida pública de Gana, que era de cerca de 77% do seu produto interno bruto no final de 2021, levou o país à crise.
Devido a isso, o governo colocou em prática várias medidas destinadas a gerar mais receita para fortalecer a economia.
A polêmica taxa electrônica e os cortes nos salários dos funcionários públicos fazem parte das medidas para restaurar a desvalorização da moeda local e tranquilizar os investidores.
A introdução do novo imposto viu suas próprias críticas da oposição e da maioria dos ganenses.
“Nós nos comprometemos a não voltar ao fundo porque… o fundo sabe que estamos na direção certa”, disse Ofori-Atta.
“Trata-se de validar o programa que temos em vigor e encontrar outras maneiras de lidar com nossa dívida.”
O ministro já tinha falado que um retorno do país ao FMI terá consequências terríveis e indicou também que o Gana tinha capacidade para aumentar as receitas internas para o desenvolvimento.
Os produtores de ouro, petróleo e cacau viram a inflação ao consumidor subir para um record de 18 anos de quase 24% em abril, apesar dos esforços para conter os aumentos de preços e estimular a recuperação.
Ofori-Atta disse que a prioridade será resolver a dívida interna do país, que tem taxas de juros três a quatro vezes superiores à dívida externa.
As classificações de crédito de Gana foram rebaixadas devido a preocupações sobre a capacidade do governo de aprovar legislação para aumentar as receitas.