Politica

Governo angolano descarta Estado de Emergência para o Sul do país

armandomaquengo
Fev 28, 2022

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, afirmou que não há a necessidade de se alterar o Estado de Situação ou declarar Estado de Emergência para a região Sul do país, como defendem alguns partidos políticos e organizações não governamentais nacionais e internacionais.

Francisco Furtado disse que as condições criadas já produzem os efeitos desejados para a mitigação das principais preocupações, tendo constatado que, com o regresso das chuvas quase em toda parte da província do Cunene, as famílias regressadas da Namíbia começaram a lançar as sementes à terra, com o objectivo de produzir alimentos para o seu sustento.

Na visita de algumas horas no Cunene, no último sábado, constatou, igualmente, o andamento das obras de construção do Canal do Cafu, inserido no Programa Emergencial de Combate à Seca na província, que se encontra em fase de conclusão dos trabalhos.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República reafirmou que as famílias acolhidas no centro vão continuar a receber do Executivo a assistência, desde alimentação, saúde e sementes para a prática da Agricultura no espaço preparado nos arredores, entre outras acções.

Furtado indicou que o Executivo criou no Centro de Acolhimento de Calueque, município de Ombadja, província do Cunene, salas de aula, posto de Saúde, campos agrícolas e um sistema de água, para melhor assistir as mais de 750 famílias regressadas da Namíbia, onde haviam se refugiado por causa da fome e seca nas suas zonas de origem.

À frente de uma delegação para constatar pela quarta vez as condições das famílias regressadas da Namíbia e as de acomodação criadas pelo Governo do Cunene, desde a montagem de novas tendas, salas de aulas para crianças, colocação de sistema de água potável, saúde e a inserção nos projectos agrícolas, o ministro de Estado destacou as mudanças na vida das populações afectadas, até então, pela seca.

“Houve mudanças desde Janeiro até à presente data. As coisas estão positivamente bem, cerca de 45 dias desde que o centro começou a receber as famílias regressadas da Namíbia. Há uma evolução grande em relação à assistência e apoio às pessoas”, referiu o também coordenador da Comissão Multissectorial.

Francisco Furtado disse que as famílias acolhidas no centro foram cadastradas, registadas e estão a ser assistidas com bens alimentares. Segundo o governante, foram asseguradas as condições para que outras 28.300 pessoas à volta de Calueque sejam transferidas para os municípios da Cahama e dos Gambos.

Fonte: JA