Governo diz que “acabou sensação de impunidade” no país e reafirma luta contra corrupção
O Governo angolano considerou, esta quarta-feira, que “acabou a sensação de impunidade” no país e reafirmou que a luta contra a corrupção “continua no topo da governação”.
Segundo o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, o “combate cerrado contra a corrupção”, iniciado no mandato de João Lourenço, em 2017, “tem sido feito, não com palavras, mas com acção concreta”.
Os resultados “estão visíveis aos olhos de todos, acabou a sensação de impunidade, melhorou substancialmente a qualidade da despesa pública e aumentou consideravelmente o rigor na gestão da coisa pública”, disse.
Para Adão de Almeida, os angolanos “conhecem bem” a dimensão do mal causado pela corrupção e percebem a importância do trabalho para a erradicação deste fenómeno “de modo estruturado, consistente e permanente”.
“Cada etapa da nossa história é singular, cada época tem as suas particularidades e desafios, o combate à corrupção é um dos principais desafios do nosso tempo”, afirmou o governante no seu discurso de abertura da conferência internacional sobre “Recuperação de Ativos”.
O ministro observou também que a criminalidade económico-financeira “pode comprometer os objectivos enquanto Estado, [e] além dos danos directos que causa, potencializa uma série de outros atos, não menos nocivos”.
“Entre nós, o crime de peculato assume particular relevância, mas não esgota o vasto leque de condutas que lesam o erário, corroem os pilares da sociedade e comprometem o normal funcionamento da atividade económica”, frisou.
A conferência foi promovida, em Luanda, no âmbito das celebrações dos 43 anos da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola, tendo como pano de fundo a abordagem sobre a recuperação de ativos.
O combate à corrupção, nepotismo e impunidade constituem os principais eixos da governação de João Lourenço, no poder há quase cinco anos.
Já o procurador-geral da República angolano, Hélder Pitta Grós, disse, que os sectores da economia do país mais lesados pela corrupção foram os da construção civil, obras públicas, petróleo e diamantes.
Pitta Grós recordou que nos últimos três anos foram recuperados activos financeiros e não financeiros avaliados em mais de 5 mil milhões de dólares.
Lusa