Guterres apela inclusão de mulheres em negociações de paz

De acordo com o diplomata português, a falta de representação feminina na gestão deste conflito demonstra “como os desequilíbrios duradouros de poder e patriarcado continuam a decepcionar-nos”.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou para que as mulheres não sejam excluídas das negociações de paz e deu como exemplo a invasão russa à Ucrânia que reflecte que estamos a “andar para trás” no que diz respeito à igualdade e patriarcado.

De acordo com o diplomata português, a falta de representação feminina na gestão deste conflito demonstra “como os desequilíbrios duradouros de poder e patriarcado continuam a decepcionar-nos”.

Como tal, é de notar os homens no poder em contraponto com as mulheres, excluídas, com os seus direitos e liberdades “deliberadamente como alvos”, frisou na reunião do Conselho de Segurança.

“O direito à participação igualitária em todos os níveis é essencial para construir e manter a paz”, sublinhou. Guterres alertou ainda para o facto de a guerra ter forçado milhões de mulheres e crianças a fugir do país “colocando-as em alto risco de tráfico e exploração, de todos os tipos”.

O engenheiro considerou que as visões das mulheres que optaram por não retirar e que estão na linha da frente nos cuidados de saúde e apoio social são “essenciais para a resolução de conflitos” uma vez que entendem “a dinâmica do conflito”.

Refira-se que a invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os sectores, da banca ao desporto.