Hacker português assume responsabilidade do Luanda Leaks
O hacker português, Rui Pinto assumiu esta segunda-feira, durante o julgamento do processo Football Leaks a responsabilidade pela obtenção da informação sobre o caso Luanda Leaks.
“O Luanda Leaks sou eu”, foi assim que resumiu o criador da plataforma eletrônica e principal arguido do processo Football Leaks.
Rui Pinto explicou que o interesse por Angola já vinha de trás e materializou-se com o acesso ao sistema informático da sociedade de advogados PLMJ, nomeadamente, através da caixa de correio eletrônico da advogada Inês Pinto da Costa, que tinha a seu cargo as questões referentes à empresária angolana Isabel dos Santos.
De acordo com o hacker, a divulgação dos Malta Files em maio de 2017 expôs um conjunto de informações sobre sociedades pertencentes a empresária Isabel dos Santos e que estas estariam associadas à advogada da PLMJ. “Nessa altura, já tinha um grande interesse nas questões relativas a Angola. Seguia as denúncias de Ana Gomes e do jornalista Rafael Marques”, referiu.
“ Esse material foi levado a jornalistas logo naquela fase, quando obtive os primeiros documentos relativos a Isabel dos Santos em 2017. A preocupação foi fazer a análise dessa informação”, observou Rui Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde agosto de 2020, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob protecção policial.
Lusa