Saúde

Huíla reduz taxa de prevalência do VIH-Sida em cinco anos

armandomaquengo
Nov 11, 2022

Ao contrário do que se disseminou nas redes sociais há uma semana, a taxa de prevalência do VIH/Sida na província da Huíla caiu de 3.2 por cento, em 2017, para 2.1 até o primeiro semestre do ano em curso, o que significa que a cada 100 testes realizados, dois casos resultaram em positivo.

A informação foi avançada à ANGOP hoje, sexta-feira, nesta cidade, pelo ponto focal (actual designação do antigo supervisor) do programa de combate ao VIH/Sida da Huíla, Joaquim Cambanda, referindo haver uma tendência decrescente, mas ainda preocupa, pelo que há trabalho para manter a queda.

Disse que as pessoas devem captar as orientações dos profissionais de saúde, no que a abstinência diz respeito, o uso do preservativo em relações sexuais ocasionais e a manter a fidelidade.

Declarou que a cada ano o número de testes aumenta, em 2017 foram realizados 102 mil 765, três a cada 100 foram positivos, já em 2021, 178 mil 897, tendo dois casos positivos a cada centena, números decorrentes da conscientização das pessoas e expansão dos serviços.

Realçou que só em 2017 contavam com 92 unidades sanitárias a realizar aconselhamento e testagem da doença, número que actualmente está fixado em 207, das 297 unidades sanitárias que a província tem.

“Sempre que se trata de uma doença crónica, sem cura, do ponto de vista epidemiológico é preocupante, mas olhando pela prevalência nacional que é de dois por cento, ainda estamos dentro dos limites. Todas as pessoas infectadas devem ser acompanhadas e tratadas para poder diminuir o risco de infecção em outras pessoas”, manifestou.

Saúde acompanha mais de três mil pacientes 

Até final de 2021, segundo Joaquim Cambanda, a província estava a acompanhar três mil 405 pessoas em tratamento e admitiu que há casos de abandono do tratamento, mas que não são preocupantes, pois a média do quinquénio ronda os três por cento do número de pacientes acompanhados.

Acrescentou que muitas vezes o abandono pode significar que a pessoa já é falecida, mas não existe uma comunicação, havendo, também, casos de mudança de residência sem informar os serviços de saúde.

Explicou que o número de testes não significa que seja o mesmo número de pessoas, já que as pessoas diagnosticadas pela primeira vez, tendem a não se conformar e repetem o teste duas ou mais vezes e entram para a estatística global.

Frisou que o género mais afectado é o feminino, por ser a maioria e que mais procura os serviços, sobretudo no período de gestação, ao passo que nos homens ainda há resistência em procurar os serviços de saúde e a faixa etária mais acometida está entre os 25 e 49 anos de idade, com picos dos 25 aos 34.