Politica

Isabel dos Santos desmente PGR e diz que sempre esteve disponível para prestar declarações à justiça

armandomaquengo
Nov 14, 2022

O Procurador-geral da República, Helder Pitta Gróz, disse na quinta-feira, 10 de Novembro, em Luanda que a indisponibilidade de Isabel dos Santos para prestar declarações à justiça, tem atrasado os processos judiciais.

Por: Armando Maquengo

Pitta Gróz sublinhou que foram dadas “todas as oportunidades” à empresária, filha do antigo presidente José Eduardo dos Santos e, que ela terá perdido uma oportunidade para dar a sua versão dos factos, já este ano, quando foi abordada pelas autoridades judiciais dos Países Baixos a pedido da justiça angolana.

De acordo com as declarações de Isabel dos Santos, na sexta-feira, que WI-AO teve acesso, ao contrário da notícia e, por ser do interesse de todos angolanos e sobretudo do seu de esclarecer os factos, existem muitas inverdades ao seu respeito.

“Sempre estive disponível e representada pelos meu advogados. Ao contrário da notícia acredito que é do interesse de todos angolanos e sobretudo do meu de esclarecer as inverdades que existem ao meu respeito. Em altura alguma neguei prestar esclarecimentos, e sempre estive disponível”, afirmou Isabel dos Santos.

Também, a empresária angolana assegurou que continua “aqui” disponível para repor a verdade. “Acredito em Angola sempre investi no meu país, criei empresas, empregos e formei pessoas. Eu amo Angola”, declarou, finalmente.

Salientar que, Helder Pitta Gróz revelou que o processo está praticamente concluído, embora tenha havido uma questão que, de certa forma, retardou o processo que é o facto de Isabel nunca ter sido ouvida, já que deveria ter sido interrogada na condição de arguida.

“Se por um lado, deixou Angola pouco depois de João Lourenço suceder ao seu pai, José Eduardo dos Santos no cargo de Presidente, em 2017, por outro lado, as várias cartas rogatórias “não foram tendo sucesso”, admitiu o procurador-geral.

Adiantou que uma das últimas foi solicitada aos Países Baixos, este ano, mas Isabel dos Santos, “escusou-se a colaborar” com as autoridades holandesas, a pedido da justiça angolana. De acordo com a Lusa, na altura, e ainda estava vivo o pai de Isabel dos Santos, o antigo presidente José Eduardo dos Santos, a empresária ou fontes relacionadas com ela deram outra versão dos acontecimentos naquele país europeu, falando mesmo de ‘emboscada’ dos serviços de informação angolanos, o que, para a PGR, teria sido uma oportunidade “soberana” para a filha do antigo presidente angolano se ter defendido e contar a sua versão dos factos.

“Ela preferiu não o fazer e, portanto, vamos continuar com aquilo que a nossa lei processual penal prevê. Por isso, não temos mais de dar outras oportunidades”, garantiu Pitta Gróz.