Isaías Samakuva descarta regresso à liderança da UNITA
O antigo líder do maior partido da oposição angolana, UNITA, Isaías Samakuva, descarta qualquer disponibilidade de sua parte para um eventual regresso a presidência do partido, na eventualidade de Tribunal Constitucional não anotar o congresso realizado em Dezembro passado.
O antigo homem de confiança de Jonas Savimbi, assim reage, em privado, junto de quadros, familiares em Londres e de personalidades que o interpelam face ao avolumar de rumores segundo aos quais a Presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso terá recebido orientações para invalidar o congresso de forma a impedir que a UNITA apresente Adalberto Costa Júnior, como seu cabeça de lista às próximas eleições.
A convicção de que Laurinda Cardoso teria recebido “orientações superiores” ganhou consistência depois de a mesma ter recebido o processo de anotação do congresso da UNITA das mãos de um juiz do TC, Carlos Teixeira, reconhecido pela sua integridade moral, entregando para uma colega, Fatima Pereira da Silva, notada como vulnerável as ordens superiores.
Em finais de Fevereiro, Laurinda Cardoso pediu a colega que se apressasse a conclusão do processo para que até abril pudesse ser produzido o competente acordão.
No passado dia 9 de Março, a juíza Fatima Pereira da Silva notificou o antigo Presidente da UNITA, Isaías Samakuva para uma acareação em função de uma impugnação movida por uma facção associada a candidatura de José Pedro Katchiungo, alegando que o repetido congresso foi convocado mediante intimidação ao antigo Presidente do partido.
Para evitar eventuais fugas de informações são atribuídas a Presidente do TC, Laurinda Cardoso, a decisão de apenas fazer distribuição do processo aos juizes do plenário, dois dias antes do acto da votação final.
Segundo apurações, as chances de validação do congresso da UNITA, são consideradas como “alta”, considerando-se que não seria do interesse das autoridades voltar a afastar Adalberto Costa Júnior da liderança do seu partido, o que representaria sinal de “medo” de João Lourenço, e da sua permissibilidade de usar o poder judicial para melindrar os adversários de quem ele não deseja concorrer.
Fonte: Club-K