João Lourenço: “Caso Lussaty virá à público em breve”
O Chefe de Estado, João Lourenço, revelou, esta quinta-feira, em Luanda, que o conhecido “Caso major Pedro Lussati” que mais 20 arguidos acusados dos crimes de peculato, recebimento indevido de capitais e associação criminosa “será virá à público dentro em breve”, noticiou angop.
O Presidente da República avançou o facto durante a conferência de imprensa que concedeu hoje aos órgãos de Comunicação Social públicos e privados, nomeadamente Jornal de Angola, Rádio Nacional de Angola, Televisão Pública de Angola, ANGOP, Rádio LAC, Tv Zimbo, Novo Jornal, O País, Rádio Eclesia, MFM e o Jornal Expansão.
Em entrevista colectiva concedida hoje, quinta-feira, aos órgãos de comunicação social públicos e privados, o Chefe de Estado angolano refutou as acusações segundo as quais a justiça está a ser selectiva.
“Não temos a intenção de esconder nada, ao contrário do que algumas opiniões avançam, que a justiça está a ser selectiva”, disse, reiterando que “a justiça está a bater a porta daqueles com relação aos quais entende que há presunção de haver crime, até prova em contrário”.
João Lourenço reafirmou a determinação do Executivo angolano no combate à corrupção, independentemente dos visados e lembrou que, há anos, era impensável admitir que alguém pudesse sentar nas barras dos tribunais, sobretudo no Tribunal Supremo.
Notou que tal facto só demonstra que a justiça e os tribunais, em particular, têm mais independência, mais liberdade de acção “porque senão continuariam amordaçados pelo poder político”.
Segundo o Titular do Poder Executivo, ali onde há crime, a justiça tem tido a liberdade de actuar, exemplificando o “Caso Lussaty”, em que havia a suspeição de envolvimento de figuras da Casa Militar do Presidente da República.
“Nunca ninguém pensou que o poder político deixasse que a justiça avançasse com este caso. Este caso não está esquecido não está congelado e virá a público em breve”, assegurou.
O major Pedro Lussati, afecto à Casa de Segurança do Presidente da República, é tido como o cabecilha do grupo que está detido desde Junho do ano passado, depois de ter sido encontrado na posse de milhões de dólares, euros e kwanzas guardados em malas, caixotes e viaturas.