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Luanda registou mais de 100 mortes por afogamento em 2021

manuelsumbo
Fev 02, 2022

Cento e doze pessoas morreram por afogamento, em 2021 na província de Luanda, menos 66 casos em comparação ao ano anterior em que foram registadas 178 mortes.

Os dados foram avançados pelo porta-voz do serviço nacional de protecção civil e bombeiros (SNPCB), Faustino Minguês à ANGOP. O responsável explica que os afogamentos se registaram em praias, rios, lagos, bacias de retenção de águas fluviais, canal do Kicuxi e reservatórios.

Faustino Minguês referiu ainda que as vítimas são maioritariamente crianças de 1 aos 13 anos, que geralmente se afogam em tanques e bacias de retenção de águas das chuvas. Segundo o oficial, os municípios com mais registos são os de Viana com 28 casos (-25), Luanda com 32 (-30), Talatona e Cacuaco com 17 (-9) e 13 (+1) afogamentos, respectivamente.

Faustino Minguês referiu que na última semana foram resgatados quatro corpos em praias, lagoa e no interior da cave de um edifício inundado.

Afirmou que apesar da proibição da utilização das praias devido ao Estado de Calamidade Pública, os munícipes continuam a frequentar estes locais, tendo os casos recentes de afogamento acontecido no fim-de-semana com o resgate de dois cadáveres nas praias da Ilha de Luanda e Mussulo.

Realçou também que devido o Estado de Calamidade não são realizados os patrulhamentos ou a permanência de efectivos nadadores salvadores nas praias, mas são realizadas campanhas constantes, principalmente nos bairros periféricos, para alertar sobre os cuidados com os reservatórios de água, canal de Kicuxi, rio e lagos.

Devido a inexistência de água domiciliar, a maior parte dos moradores dos bairros periféricos possuem tanques subterrâneos nos quintais para reservar a água, abastecido por camiões cisternas mas, por descuido são registados com frequência mortes por afogamento nestes tanques. Com mais de sete milhões de habitantes fazem parte da capital angolana os municípios de Luanda, Cacuaco,Viana, Kilamba Kiaxi, Talatona, Belas, Icolo e Bengo e Quiçama.