Economia

Maior fábrica de mosaico do país procura fornecedor de papel reciclado

armandomaquengo
Fev 14, 2022

A Sino-Ord, maior fábrica de mosaico e azulejo de Angola, está a procura de fornecedores de papel reciclado para a sua indústria, preferencialmente empresas que estejam situadas na África Austral, disse esta segunda-feira, 14 de fevereiro, à ANGOP a gerente da sociedade, Alice Zhang.

Segundo a gestora, a empresa adquire, nessa altura, a matéria-prima de embalagem de mosaicos e azulejos da China e da Índia, mas, justificou, é geograficamente muito distante, por isso preferem a instalação de linhas de produção da matéria-prima em Angola, reduzindo assim a importação.

“Estávamos a procurar fornecedor de papelão em rolos, mas agora decidimos instalar uma linha de produção de matéria -prima de embalagem em Angola, por isso procuramos agora por papel reciclado”, justificou.

Relativamente à produção da “Sino- Ord“, a gerente disse que a empresa, situada na comuna da Barra do Dande, província do Bengo, a Norte de Luanda, capital de Angola, é a maior produtora de mosaico e azulejo da Região Austral de África.

A capacidade instalada da fábrica é de 40 mil metros quadrados de mosaico e de azulejo diariamente, mas ficou reduzida a 50 por cento, isto é, 20 e 22 mil metros quadrados de mosaico e azulejo por dia, respectivamente, por causa da Covid-19.

A indústria tem duas linhas de produção, mas apenas uma está em operação devido às limitações impostas pela pandemia da Covid-19. Actualmente, a caixa de metro quadrado de mosaico, a partir da fábrica, oscila entre dois a seis mil kwanzas.

Quanto à funcionalidade do mercado, referiu que os seus principais concorrentes, embora exista alguma empresa no país, que também venda mosaico, são as importações desse produto proveniente da China e Índia e da Europa.

Em Angola, os principais clientes da Sino-Ord são empresários mauritanianos que compram para revender, mas a empresa vai passar a exportar mosaico e azulejo para países africanos como a Zâmbia e a Namíbia. Também já têm contactos de negócio com a Áfria do Sul.

A Sino-Ord tem um capital social de 500 mil kwanzas e já investiu mais de 50 milhões de dólares no empreendimento. É uma empresa privada financiada com capitais da China.

A empresa, segundo ainda dados, emprega pelo menos dois mil 800 trabalhadores entre angolanos e chineses.