Milhares de pessoas lotaram a Ilha do Cabo no Dia Internacional da Mulher
As praias da Ilha do Cabo, em Luanda, estavam, terça-feira 8 Março, completamente abarrotadas de banhistas, sobretudo adolescentes e jovens, que, desde às primeiras horas da manhã, dirigiram-se para o local, que se transformou num verdadeiro “formigueiro humano”.
Numa ronda efectuada, à tarde, em algumas praias da Ilha do Cabo, o Jornal de Angola constatou que os banhistas manifestavam sentimento de alegria, com a abertura das praias, três dias antes. O acesso às praias estava interdito durante muito tempo, devido à pandemia da Covid-19.
Além do elevado número de banhistas, a equipa de reportagem observou, também, um extenso engarrafamento de viaturas, que se estendeu até às imediações do edifício do Banco Nacional de Angola. Era, igualmente, notória a ausência de transportes públicos e privados.
Ana Adriana, moradora no distrito urbano da Estalagem, município de Viana, manifestou satisfação em ter, novamente, a oportunidade de voltar a mergulhar na praia, sublinhando que a água do mar tem um efeito terapêutico.
“Há mais de quatro anos que não venho à Ilha do Cabo e muito menos dar um mergulho à praia com os meus filhos ou amigos do bairro”, frisou Ana, que estava há três horas na paragem à espera do táxi para o conhecido Triângulo dos Congoleses.
Satisfeita por um lado e preocupada por outro, previu que se as enchentes nas praias e zonas de lazer, na Ilha de Luanda, continuar assim, o Governo poderá ser obrigado, novamente, a encerrá-las.
Ana Adriana referiu que, mais do que o prazer de mergulhar na praia, é necessário, também, manter a organização, quer seja dos banhistas, quer das entidades de direito, como por exemplo, o Governo Provincial de Luanda.
Engrácia Francisco, cheia de areia, disse que há mais de cinco anos o seu corpo cobrava pelo mergulho na água salgada. “Foi pesado para mim, porque três anos antes de serem encerradas, eu já não fazia uso das praias”, sublinhou.
A banhista reconheceu que a abertura das praias em todo o país vai contribuir para a dinâmica dos restaurantes e similares que estão ao longo da Ilha do Cabo, bem como no aumento da venda ambulante, principalmente de produtos doces e refrigerantes.
Mauro da Costa, 19 anos, disse que a juventude está com sede das praias, por isso justifica-se a moldura humana em quase todos os locais da Ilha do Cabo. “Estar na água do mar é uma boa forma de relaxar o corpo e a mente”, sustentou o jovem que se fazia acompanhar de mais sete amigos, idos do Kilamba Kiaxi.
Devido à pandemia da Covid-19, as praias em todo o país foram encerradas há mais de dois anos, tendo sido reabertas no dia 5 deste mês.
Fonte: Jornal de Angola