Ministro do Interior apela ao rigor na seleção de efectivos à recruta após incidente em Luanda
Após o término das festividades da quadra festiva, no dia 03 de Janeiro de 2022, o Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, convocou as mais altas chefias policiais do país, na Unidade Operativa de Luanda, para balancearem os resultados do asseguramento à passagem de ano, assim como analisarem o incidente que culminou com o duplo homicídio e suicídio, para que situações análogas não voltem a ocorrer.
Por: Armando Maquengo
Segundo o Ministro, os responsáveis das Unidades policiais deviam, a partir daquela data, tomar providências procedimentais, no sentido de incidentes daquela natureza não voltassem a ocorrer, bem como, o cuidado que deve existir no processo de selecção, no momento do recrutamento, que deve ser mais apurado e rigoroso, contando com o recurso de psicólogos, em todo o processo, sobretudo, enquanto estiver a decorrer o processo de formação, em que se deve sujeitar os candidatos em várias baterias de testes psicológico, sem descurar que este procedimento deve ser permanente, especialmente, nas unidades onde estiverem a exercer as suas funções.
Para se perceber o nexo causal do incidente, o Ministro Laborinho orientou a Inspecção Geral do MININT e o Serviço de Investigação Criminal a realizarem uma profunda averiguação e investigação sobre as causas desta ocorrência, no sentido de se aferir se existem outros culpados, ainda que seja a título de negligência ou omissão.
Por outro lado, no decurso da reunião, a Entidade recomendou a adopção de uma filosofia de policiamento de proactividade para este novo ano, teremos grandes desafios, pelo que, devemos implementar um policiamento que se adequa ao período pré e pós-eleitoral, em respeito ao que estiver previsto na lei, em especial, o respeito pelos direitos fundamentais e dignidade da pessoa humana.
“Para o efeito, devemos começar já o processo de formação do nosso efectivo, assim como os preparar para a garantia de um ambiente seguro em todas as fases do processo eleitoral, dos seus candidatos, das campanhas partidárias, assim como dos observadores”, referiu o responsável do MININT.
Igualmente, para este ano, segundo o Dirigente, o órgão deve ter uma acção de proximidade com os cidadãos, para nos ajudarem a resolver alguns fenómenos preocupantes, tais como, a vandalização de bens públicos, a identificação de cidadãos que possuem armas de fogo, a detenção de potenciais criminosos que cometem crimes violentos, assim como assegurar e recuperar o sentimento de segurança da população.
Em relação ao apoio do Executivo às forças de defesa e segurança, o Ministro Laborinho referiu que o Executivo angolano, liderado pelo Presidente João Lourenço, vai continuar a apostar nas forças de defesa e segurança, porquanto, nos próximos dias vamos continuar com o projecto que está a ser levado a cabo, referente a entrega de meios operacionais, para fazer face à situação de criminalidade e garantia da ordem e tranquilidades públicas.