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Oito trabalhadores presos há mais de 30 dias numa mina no Burkina Faso  

manuelsumbo
Mai 17, 2022

Familiares não perdem as esperanças, pois mina tem abrigos para acidentes. Chefe da empresa responsável, no entanto, recomenda ser ‘realista’ sobre a chance de que estejam vivos.

Há mais de um mês, oito trabalhadores da mina Perkoa, no Burkina Faso, estão presos a centenas de metros de profundidade após uma enchente ter bloqueado a saída.

Mas, com o passar do tempo, a esperança de encontrá-los vivos vai diminuindo. Entre os homens presos estão seis cidadãos de Burkina Faso, um da Tanzânia e um da Zâmbia.

Enquanto a maioria dos trabalhadores conseguiu deixar o local com segurança quando a água subiu, os oito desaparecidos estavam abaixo do nível 520 (que fica a 520 metros da superfície), no momento da inundação, disse a empresa.

Há duas câmaras de segurança abastecidas com comida e água abaixo desse nível, mas não se sabe se algum dos homens conseguiu alcançá-las.

“Essas câmaras não são projectadas para serem submersas em água. As câmaras são desenhadas para desmoronamentos e quando há ambiente tóxico, como com fumaça”, explicou.

As equipas de resgate dizem que a operação está a progredir lentamente, pois eles precisam bombear 2,5 milhões de litros de água para cada metro de profundidade. Seu equipamento também está a ficar entupido.

A equipa de resgate recebeu novas bombas e equipamentos da África do Sul e Gana para trabalhar mais rápido e também considera enviar mergulhadores.

O primeiro-ministro de Burkina Faso, Albert Ouedraogo, visitou a mina e afirmou que a tragédia é responsabilidade daqueles que estavam a cargo dela.

O governante anunciou a abertura de uma investigação para determinar as responsabilidades e disse que os funcionários da companhia não seriam autorizados a deixar o país enquanto isso.

Executivos da Trevali Mining Corp disseram que a empresa foi pega de surpresa pela chuva torrencial durante a estação seca do mês passado no Burkina Faso.