Politica

ONGs querem que MPLA clarifique sua posição sobre corrupção no Tribunal Supremo

armandomaquengo
Jun 08, 2023

Quatro organizações não-governamentais (ONG) angolanas instaram, em nota pública, o MPLA, enquanto maior força política parlamentar, a clarificar, de forma inequívoca, a sua posição a respeito do clima vigente no Tribunal Supremo, em que o juiz-conselheiro presidente é investigado por suspeitas de práticas de crimes de peculato, corrupção e nepotismo.

“Face às sucessivas informações do domínio público, reveladoras do ambiente de corrupção, tráfico de influência e todos os vícios associados, as organizações subscritoras desta posição pública vêm por meio desta nota pública instar o MPLA, por se tratar do partido que sustenta o executivo no Parlamento, a informar o povo, o único soberano, de forma inequívoca, acerca da sua posição sobre o que se está a passar no Tribunal Supremo da República de Angola”, apelaram as ONG OMUNGA, a Friends of Angola (FOA), a Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) e as Mãos Livres (ML).

As organizações subscritoras sustentam a demanda com o argumento de que “têm acompanhado com muita apreensão o estado pouco saudável e recomendável em que se encontra mergulhado o Sistema Judicial angolano”.

Segundo escreveram, nos últimos dias, o estado da justiça atingiu “o auge da indecência já alguma vez visto, com manifestações de práticas e comportamentos que nada dignificam o Sistema Judicial, o último repositório da moral, da ética e salvaguarda dos direitos do cidadão e da democracia”.

O juiz-conselheiro presidente do Tribunal Supremo é visado num processo investigativo espoletado pela Procuradoria-Geral da República, com o objectivo de apurar um conjunto de crimes denunciado pelo portal de notícias Club-K e pelo !STO É NOTÍCIA, relacionados com alegados actos de corrupção, nepotismo, peculatos, entre outros.