Saúde

País busca financiamentos para acelerar combate ao VIH/Sida

armandomaquengo
Nov 06, 2023

 As instituições envolvidas no combate ao VIH-Sida em Angola estão a procura de financiamentos externos para o reforço dos programas de luta e prevenção contra a doença que regista, actualmente, “níveis alarmantes” de infecção.

A informação foi avançada na passadquarta-feira, em Ndalatando, pelo presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de SIDA (ANASO), António Coelho, que se encontra na província para constatar o actual quadro do VIH/Sida, no âmbito das estratégias em curso viradas à mobilização de potenciais doadores para apoiarem as acções de prevenção e combate à doença.

António Coelho apontou a província do Cuanza Norte, com um quadro de seroprevalência de três por cento em relação ao VIH/SIDA, como uma das candidatas ao financiamento externo que poderá provir da União Europeia, Fundo Global e outros organismos internacionais.

No contexto nacional, António Coelho caracterizou a situação do VIH/Sida como sendo alarmante, numa altura em que Angola conta com uma taxa de seroprevalência estimada em dois, que corresponde a um universo de 350 mil pessoas vivendo com VIH/Sida, acompanhada de uma média de 21 mil novas infecções/ano.

De acordos com dados da ANASO,  no país 13  mil pessoas morrem anualmente infectadas pela doença.

Considerou o referido quadro como preocupante, obrigando a tomada de medidas urgentes para impedir a evolução da doença.

No âmbito das estratégias em curso, o responsável defendeu a desburocratização das políticas de combate à doença, a certificação dos dados sobre a situação do VIH/Sida no país e aumento do financiamento público para as acções de luta contra esta enfermidade.

Apontou a extrema pobreza, a grande mobilidade das populações, o início precoce da actividade sexual e factores culturais, como causas principais do aumento do VIH/Sida no país.

As províncias de Luanda, com uma taxa de seroprevalência de 10 por cento, Cunene (9 %), Lundas Norte e Sul (5 %), Moxico e Cuando Cubango (4%) e Cuanza Norte (3%), são as mais endêmicas do país,  de acordo  com a ANASO.