Países africanos beneficiarão de tecnologia para produzir vacinas de RNA
O anúncio foi feito pela organização mundial da saúde. A medida visa assegurar que o continente tenha vacinas suficientes para lutar contra a pandemia e outras doenças.
Países como Egipto, Quênia, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia serão os primeiros países a receber a tecnologia do centro global de vacinas de RNA mensageiro da OMS.
A organização afirmou que vai trabalhar com os seis países selecionados para criar um programa de treinamento e apoio para que possam começar a produzir vacinas o mais rápido possível. A formação começará em março.
O centro sul-africano já está produzir vacinas de RNA mensageiro em escala de laboratório e está a ampliar a medida para escala comercial. Embora tenha sido concebido inicialmente para combater a pandemia de Covid-19, o polo na África do Sul pode ampliar sua capacidade para fabricar também outros produtos para saúde, como insulina, remédios contra o câncer ou vacinas contra a malária, tuberculose ou HIV.
O director da OMS pediu mais uma vez acesso igualitário às vacinas para acabar com a pandemia e criticou os países ricos que estocaram doses, deixando o continente africano muito longe do percentual necessário de imunização.
O objetivo da OMS era vacinar 40% da população mundial até o final de 2021 mas só 8 países africanos ultrapassaram esse percentual até agora, a saber Ilhas Seycheles, Ilhas Maurícias, Marrocos, Ruanda, Tunísia, Cabo Verde, Botsuana e Timor Leste.
Actualmente, apenas 1% das vacinas aplicadas em áfrica são produzidas no continente, que tem 1,3 bilhão de habitantes.