Petróleo com alívio de 5% e atinge mínimos de duas semanas
Depois de atingir máximos de 2008 com a guerra na Europa, a cotação continua a aliviar, nesta terça-feira, a atingir mínimos de duas semanas graças as negociações de cessar-fogo entre a Rússia e Ucrânia.
Os sinais positivos que chegam dessas reuniões estão a acalmar os receios sobre potenciais disrupções na oferta de ouro negro, que marcaram as últimas três semanas por causa da invasão russa na Ucrânia.
De acordo com os dados da Reuters, o Brent, o barril de petróleo negociado em Londres, que serve de referência para as importações angolanas, está a cair mais de 5% para os 101 USD, depois de na sessão anterior ter chegado a tocar nos 100 USD por barril.
Pela primeira vez desde 1 de Março, o WTI, o barril de petróleo negociado em Nova Iorque, está a negociar abaixo dos 100 USD. Na sessão anterior, atingiu um mínimo intradiário de 96,7 USD por barril.
Esta queda pode aliviar, em certa medida, as preocupações dos consumidores em torno dos preços altos da gasolina e do gasóleo, mas a reflectir-se nos postos de combustíveis será só na próxima segunda-feira.
Às negociações entre russos e ucranianos, as quais continuarão esta terça-feira após terem encerrado na segunda-feira sem nenhum progresso, junta-se a decisão da China de confinar mais uma cidade por causa da COVID-19, o que poderá ter repercussões na procura por petróleo no curto prazo.
Esta terça-feira é também notícia que a Índia poderá comprar petróleo russo a desconto, assim como outras matérias-primas, num sinal de que o Governo indiano quer manter a sua relação comercial com o Kremlin.