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Putin diz que UE comete “suicídio económico” ao vetar energia russa

manuelsumbo
Mai 18, 2022

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu esta quarta-feira, como “suicídio económico” a política da União Europeia em matéria energética, referindo-se ao possível embargo ao gás e petróleo russos como sanção pelo ataque militar à Ucrânia.

“Este auto de fé económico, este suicídio, é uma questão interna dos países europeus. Nós devemos agir de forma pragmática e olhando aos nossos interesses económicos”, disse durante uma reunião dedicada à indústria petrolífera.

Analisando a possibilidade do veto europeu ao crude russo, Putin referiu que “com base em razões políticas, para satisfazer as suas próprias ambições e sob as pressões dos Estados Unidos, os países europeus impõem cada vez mais sanções”, algo que leva a um aumento da inflação.

“Temos a impressão de que colegas ocidentais, políticos e economistas, simplesmente esqueceram as leis económicas básicas elementares ou que preferem ignorá-las conscientemente em seu detrimento”, disse.

“Em vez de reconhecerem os seus erros, procuram outros culpados”, acrescentou o Presidente russo, afirmando que ao vetar as fontes de energia russas a Europa se “transformará na região com os preços mais elevados em todo o mundo, a longo prazo”.

Putin advertiu que, “de acordo com alguns especialistas, isso poderia comprometer seriamente e irreversivelmente a competitividade de grande parte da indústria europeia”.

Alguns países europeus, declarou, colocaram-se nesta posição “sem ter em conta os danos que eles próprios já causaram e causam às suas economias”.

Sobre a economia da Rússia, Putin disse ao governo e aos líderes das principais empresas petrolíferas e gasistas do país que considerem medidas adicionais para proteger os interesses nacionais.

“Tendo em conta as medidas que o Ocidente tomará em breve, temos de tirar conclusões antecipadas e agir com antecedência, inverter os passos impensáveis e caóticos de alguns dos nossos parceiros a nosso favor, a favor do nosso país”, sublinhou.

No entanto, advertiu que o Ocidente não pode cometer erros para sempre e apelou a uma atitude pragmática em relação à situação atual.

A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia que dura desde 24 de fevereiro, condenada pela maior parte da comunidade internacional que respondeu com ajuda militar e económica á Ucrânia e duras sanções, sobretudo económicas, à Rússia.

Lusa