Registados mais de dois milhões de casos de malária desde o mês de Janeiro
O coordenador nacional do Programa de Luta contra a Malária disse que, do total de casos diagnosticados no corrente ano, 3.980 terminaram em óbitos.
Um total de 2.580.388 casos de malária foi diagnosticado em várias unidades de saúde espalhadas pelo país, durante o primeiro trimestre do ano em curso. Os dados foram tornados públicos, ontem, em Luanda, pelo coordenador nacional do Programa de Luta contra a Malária.
O responsável disse que, se compararmos aos dados do primeiro trimeste de 2021, em que foram diagnosticados 2.081.374 de casos, pode-se dizer que houve um aumento de 24 por cento.
O coordenador nacional do Programa de Luta contra a Malária acrescentou ainda que, do total de casos diagnosticados no corrente ano, 3.980 terminaram em óbitos. No ano passado, referiu, registaram-se 3.206 óbitos.
Explicou que o aumento de casos de óbitos deve-se à procura tardia dos serviços de saúde. Segundo José Martins, as províncias que mais casos de malária diagnosticaram foram Luanda, Huambo, Uíge, Benguela, Bié e Cuanza-Sul, sendo as crianças menores de cinco anos e as mulheres grávidas as principais vítimas da doença, em todo o país.
José Martins garantiu que as unidade de saúde têm medicamentos suficientes de combate à malária, fruto dos contactos antecipados que o Ministério da Saúde tem feito.
Em relação à adulteração e contrafacção de medicamentos anti-maláricos, José Martins disse ser um problema que está a receber o tratamento que se impõe, pelas entidades competentes. “Quando tiver que adquirir qualquer medicamento, deve fazê-los em locais apropriados”, apelou José Martins, acrescentando que Angola está no grupo dos países que devem eliminar a malária até 2030.