Relatório aponta que Tuberculose continua a progredir em Angola

Angola continua a registar altas taxas de doentes com tuberculose, apesar do reforço, nos últimos anos, dos investimentos das autoridades na construção de novas infraestruturas sanitárias e na melhoria das condições de tratamento dos pacientes.

À semelhança da malária, do cancro e das doenças diarreicas agudas, por exemplo, esta enfermidade figura entre as mais preocupantes no país, que registou um total de 112 mil novos casos, só em 2019, conforme dados oficiais do Governo.

De acordo com relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), Angola integrou, entre 2019 e 2021, a lista dos três países de língua portuguesa com as mais altas taxas de incidência, seguida de Moçambique, com 110 mil casos, e do Brasil, com 96 mil casos.

Segundo um relatório da OMS, de 2021, o país figura entre os 16 Estados do Mundo que registaram maior impacto da Covid-19 sobre a tuberculose, estimando-se que, no período em análise, a mortalidade tenha aumentado em até 20 % em relação ao ano de 2020.

No seu relatório, aquela organização estima que cerca de 4,1 milhões de pessoas afectadas actualmente pela tuberculose, em todo o Planeta Terra, não tenham sido diagnosticadas com  a doença ou não tenham sido “oficialmente reportadas às autoridades nacionais”.

Entretanto, refere ainda a OMS, menos pessoas foram diagnosticadas com a doença nos últimos dois anos, por causa das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o que fez baixar o número de doentes de 7,1 milhões, em 2019, para 5,8 milhões, em 2020.

Fonte: Angop