Seca mata mais de mil animais selvagens no Quénia
Mais de mil animais selvagens morreram entre fevereiro e outubro deste ano, na pior seca do Quênia em 40 anos, informou a ministro do Turismo daquele nesta sexta-feira.
Durante uma entrevista coletiva em Nairóbi nesta sexta-feira, a responsável afirmou que a seca no matou mais de mil animais selvagens, entre fevereiro e outubro deste ano.
“A seca causou a mortalidade da vida selvagem, principalmente espécies de herbívoros”, referiu a ministra, Peninah Malonza, acrescentando que 14 espécies foram identificadas como gravemente atingidas.
“As mortalidades surgiram devido ao esgotamento dos recursos alimentares, bem como à escassez de água.” acrescentou.
Entre fevereiro e outubro, as autoridades registraram a morte de 205 elefantes, 512 gnus, 381 zebras, 12 girafas e 51 búfalos, disse ela.
“Os elefantes nas regiões de Amboseli e Laikipia-Samburu são os mais afetados pela seca, pois os ecossistemas registaram mais de 70 mortes de elefantes”.
No ano passado, o Quénia tinha 36.000 elefantes, segundo estimativas do Ministério do Turismo.
Quatro estações chuvosas consecutivas falharam no Quênia, Somália e Etiópia e milhões de pessoas em todo o Chifre da África foram levadas à fome extrema. Mais de 1,5 milhão de cabeças de gado morreram só no Quênia.
As notícias sobre o impacto da vida selvagem no Quênia, onde o turismo contribui com cerca de 10% da produção econômica e emprega mais de 2 milhões de pessoas, chegam poucos dias antes do início da conferência climática da ONU COP27.
O ministério recomendou fornecer água, salinas e alimentos a grupos vulneráveis de vida selvagem e aumentar o monitoramento e a coleta de dados.