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Sobe para 74 número de mortos por sismo no sudoeste da China

joaquimjose
Set 07, 2022

O número de vítimas mortais subiu de 65 para 74 do forte sismo que na segunda-feira atingiu a província de Sichuan, no sudoeste da China, segundo um novo balanço avançado hoje pela imprensa estatal.

O terramoto, que provocou deslizamentos de terra e sacudiu edifícios, fez ainda pelo menos 259 feridos.

Pelo menos 26 pessoas estão desaparecidas, dois dias do terramoto de 6,8 de magnitude na escala de Richter, segundo as autoridades chinesas, e de 6,6, segundo o Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGS), ter sacudido a vila de Luding, às 12:52 (locais), na segunda-feira.

A província de Sichuan, que faz fronteira com o planalto tibetano, onde placas tectónicas se encontram, é regularmente atingida por terramotos.

Dois sismos registados em Junho passado causaram pelo menos quatro mortos.

O sismo de segunda-feira foi sentido a 200 quilómetros de distância, na capital da província, Chengdu, onde a maioria dos 21 milhões de habitantes está confinada em casa para travar um surto de covid-19.

O fornecimento de energia foi interrompido e edifícios ficaram danificados, na cidade de Moxi, na prefeitura autónoma tibetana de Garze, onde 40 pessoas morreram.

A televisão estatal chinesa CCTV mostrou equipas de resgate a retirar uma mulher dos escombros em Moxi, onde muitos edifícios são construídos com uma mistura de madeira e tijolo.

A China mobilizou mais de 6.500 membros das forças de emergência, incluindo soldados, bombeiros e médicos, e nove helicópteros para ajudar nos esforços de resgate.

Outras 34 pessoas morreram na vila vizinha de Shimian, nos arredores da cidade de Ya’an.

Na terça-feira, 50 mil pessoas foram retiradas da área, enquanto as autoridades relataram ainda que pedras caíram das montanhas, causando danos às casas e interrupções no fornecimento de energia, segundo a CCTV.

Na terça-feira, tinham sido registados dez réplicas de magnitude igual ou superior a 3, uma da qual atingiu 4,2 segundo as autoridades.

O governo chinês já anunciou ter reservado 50 milhões de yuan (7,29 milhões de euros) para apoiar as operações de resgate e salvamento.

O terramoto segue-se a uma onda de calor e seca que levaram à escassez de água e cortes de energia, devido à dependência de Sichuan de energia hidroeléctrica.

O terramoto mais mortífero da China nos últimos anos, de magnitude 7,9, ocorreu em 2008, e matou quase 90 mil pessoas, em Sichuan.

O abalo sísmico devastou cidades, escolas e comunidades rurais fora de Chengdu, levando a um esforço de reconstrução com materiais mais resistentes.