Ucrânia pede acordo internacional para garantir segurança
A Ucrânia quer um acordo internacional para garantir sua segurança, com potencialmente vários países assinando como fiadores.
Após várias horas de conversas em Istambul, esta terça-feira, o negociador-chefe da Ucrânia, David Arakhamia, disse que “nós insistimos que é um acordo internacional que será assinado por todos os garantes da segurança“.
“Queremos um mecanismo internacional de garantias de segurança onde os países garantes atuem de forma semelhante ao artigo 5º da OTAN e ainda com mais firmeza”, acrescentou.
O artigo 5º do tratado da Aliança Atlântica estipula que um ataque contra um dos seus membros é um ataque contra todos.
Entre os países que a Ucrânia gostaria de ter como fiadores, Arakhamia citou os Estados Unidos, a China, a França e o Reino Unido – membros do Conselho de Segurança da ONU – mas também a Turquia, a Alemanha, a Polónia e Israel.
“A Ucrânia aceitará um status neutro se o sistema de garantia de segurança funcionar”, acrescentou.
Com tais garantias, a Ucrânia “não implantará em (seu) território nenhuma base militar estrangeira” e não ingressará em “nenhuma aliança político-militar”, disse outro negociador, Oleksandr Chaly.
No entanto, exercícios militares podem ser organizados na Ucrânia com o acordo dos países garantidores, especificou.
Kiev também diz que qualquer acordo internacional não deve de forma alguma proibir a entrada da Ucrânia na UE e argumenta que os países garantidores se comprometem a contribuir para esse processo.
Para que essas garantias entrem em vigor o mais rápido possível, a Crimeia e os territórios de Donbas sob o controle de separatistas pró-Rússia seriam “temporariamente excluídos” do acordo, disse Arakhamia.
Para resolver a questão específica da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, Kiev está propondo “15 anos” de conversações russo-ucranianas separadas, de acordo com outro negociador ucraniano, Mykhailo Podolyak.
Euronews