Venda de acções no BAI rendem ao Estado 40 mil milhões Kzs
O Estado arrecadou 40 mil milhões Kz com a venda de 10% do capital que detinha indirectamente no Banco Angolano de Investimentos (BAI), através da Sonangol e da Endiama, com uma procura 1,58 vezes superior à oferta, informou a Lusa.
A sessão especial relativa à Oferta Pública de Venda de 1 945 000 acções do BAI, ocorreu ontem, com a procura total registada a ascender a 3 072 020 acções, correspondendo a declarações de aceitação de um total de 2 852 investidores, divulgou o banco.
A procura excedeu a oferta em 1,58 vezes, sendo o total ofertado de 62 mil milhões Kz e o montante arrecadado pelos oferentes de 40 mil milhões Kz, tendo sido alocada a totalidade das acções a 842 investidores.
A liquidação física e financeira das acções alienadas no âmbito ocorrerá no dia 3 de Junho de 2022, sendo admitidas à negociação em bolsa a 9 de Junho de 2022.
Em Agosto de 2021, o BAI aprovou em assembleia geral extraordinária a alteração integral dos estatutos da sociedade, para efeitos da preparação da sua qualificação como sociedade aberta, permitindo assim dispersar o capital em bolsa.
A estrutura do BAI é composta por 54 accionistas, dos quais nenhum detém participações qualificadas, destacando-se a Sonangol como principal accionista com 8,50% do capital.
Integram ainda o grupo de accionistas a Oberman Finance Corp (5%), Dabas Management Limeted (5%), Mário Palhares (5%), Theodore Giletti (5%), Lobina Anstalt (5%), Coromasi Participações Lda (4,75%), Mário Barber (3,87%), Luís Lélis (3%) e outros não identificados, que repartem os restantes 54,88% do capital.
O Programa de Privatizações do executivo angolano prevê a alienação das participações da petrolífera estatal Sonangol em sectores como os seguros e a banca e a saída do BAI chegou a estar prevista para 2020, mas o concurso público não chegou a avançar, realizando-se agora através da oferta pública de venda.