Saúde

Venda de sangue na Província da Huíla

manuelsumbo
Fev 01, 2022

Falta de energia elétrica em unidade hospitalar, força inoperância dos dois bancos de sangue do hospital municipal de Caconda e população compra o líquido a preços exorbitantes definidos pelos “dadores”, para salvar a vida de parentes internados.

Trata-se fundamentalmente de pacientes com diagnóstico da malária mais anemia, cujo tratamento incluí a transfusão de sangue.

Dados colhidos pela à ANGOP, Paulino Venâncio, um dos cidadãos nessa situação, disse que tem dois filhos internados com anemia e precisam de transfusão, mas que o orientaram a procurar um dador fora do hospital.

“Se não encontrar um dador na família, amigos ou alguém de boa fé, temos que recorrer as pessoas que comercializam o seu próprio sangue, cujo valor vai de dez mil a 15 mil Kwanzas a quantidade de 450 mililitros”, realçou.

Um outro pai, afirmou que o hospital não tem sangue e teve de comprá-lo, para que o seu filho recebesse a transfusão, porque está com paludismo e internado há mais de uma semana.

Segundo ele, a recuperação do miúdo está dependente de uma outra transfusão, pelo que apelou às autoridades a solucionarem o problema, porque a busca por dadores  não está a ser fácil.

No entanto, o director municipal da saúde, Clementino Sangandjo Cassecawe, informou que o hospital possui dois bancos de sangue com capacidades reduzidas, mas estão inoperantes há dois meses, devido a falta de energia eléctrica permanente.

O responsável acrescentou ainda que estão a trabalhar no sentido de arranjar formas de colocar painéis solares para suportar os bancos de sangue, num funcionando a 24 horas dia.